Toda
mesa de bar
É
um campo de incontáveis solidões
É
o pedido por mais
Mais
tempo sozinho
Os
copos brindam
Uma
pausa para um contato
Muitas
conversas
Tantas
gargalhadas
Mas
por onde andam
Tantas
mentes embriagadas?
Elas
fervem
Alimentadas
por garrafas
Geladas
de cerveja
Um
copo
Outro
copo
E
a mente se dispersa
Incontrolável!
Alguém:
Empresta-me
o isqueiro?
–
Toma, acende teu cigarro
Mas
não me traz de volta pro mundo
Não
agora.
Pablo Vinícius de Oliveira
03/02/2014
Será que eu estava na mesa do bar que inspirou essa poesia?!
ResponderExcluirClaro, talvez o isqueiro seja o seu, talvez a mesa seja a nossa, talvez essa solidão seja meu autismo pós bebida. rsrsrs
ExcluirToda mesa de bar é um divã
ResponderExcluironde amigos e poetas
vomitam angústias, sonhos e versos
onde o tempo é interditado
e portanto a vida
a mesa de bar
é residência fixa da nostalgia
e do seu reverso
onde a covardia se veste de Dom Quixote
até que a alvorada anuncia o fim da fantasia
expondo o relógio da vida
e revelando o medo da realidade
toda mesa de bar é um divã
pois que a morte é certa
e a vida é vã
Bruno Costa